quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

...O Camões. Que foi à batalha e perdeu os...

Precisava de escrever. Há já muito tempo que a minha escrita está cada vez pior, sem temas frescos, sem dinamismo na escrita, sem algo que faça apetecer ler, ou então que faça pensar que não se perdeu dez minutos de vida a ler um texto meio pop meio teen. O que vejo ser a razão a este facto é, quiçá, a falta de musas inspiradoras. Pois bem, deve ser da crise, que essas musas ou andam escondidas, ou eu não as consigo ver bem, por talvez só querer as melhores e mais qualificadas do Tejo. Ou era do Mondego? Bom, agora tenho desculpa visto já estar na faculdade e num curso que nada tem a ver com as artes da escrita, por isso peço-te desculpa Vaz Camões por não saber a tua obra de cor. Vou para o inferno literário espera lá... Mas voltando á minha teoria; para mim cada Homem pode ter muita fortuna na vida, que se não tiver uma essência do seu desejo nada vale, nada o satisfaz. E pois bem lá estou eu soterrado por físicas, e álgebras, e matemáticas, que curiosamente, me trazem conforto, mas nada de isto me faz, entre intervalos de pasmaceira e de brancas-mentais, sorrir, como d'antes, no meio de um comboio vazio. Ò Tágides minhas, aparecam porra, já era hora.

domingo, 1 de maio de 2011

...Isto

Nem tudo roda a volta de nós. Nem tudo roda a volta dos nossos caprichos da vida. Há um outro lado. O lado dos outros.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

...O mal

O mal que nunca se apaga. Já nem o próprio Belzebu, Satanás, o anti-Cristo mete medo, já nem amaldiçoa cada dia e cada hora, mas ainda o mal come os restos da alma, memorias dos tempos condenados, tempos passados, eu condenado; o mal que Lúcifer deixou no corpo, a semente de um mal que já fez. Um mal tão apetecível e bom.
Parecem bichos que se multiplicam e multiplicam e começam a comer a carne, as ideias, as vontades, as liberdades, os sabores, as alegrias, e o futuro. E a criatura já não mete medo. Já nem ao diabo lembro, mas as queimaduras do inferno perfeito ainda fumegam. Sofrer é que é bom. Ainda sinto os chicotes de alma que, querida chaga de Satã, eu próprio mas defiro. Venha outro inferno, outro mal ardente ou pior, quero a condenação eterna, quero ver duas almas condenadas.
Sinceramente, desejo mal a todos vós.

terça-feira, 19 de abril de 2011

...Excentricismo Puro

O que é o excentricismo? Uma condição psicológica, também conhecida como maradisse, ou um desejo egocêntrico de se fazer notar no meio de uma multidão idêntica? Poderá o excentricismo ser simplesmente algo que os-que-se-copiam-uns-aos-outros chamam para descrever algo fora do normal? Poderá ser tudo isto. E poderá ser só uma coisa. Mas o excentricismo é o que faz a arte avançar, e por isso o excentricismo é arte. Num mundo de outrora onde os arcos, as abobadas, e os dourados abundavam, certamente que quem fosse defensor das linhas rectas, cromados e cimento era o excêntrico. Num mundo onde as mulheres usavam saias, excêntrica foi a que usou calças. Por esse prisma podemos chamar excêntrico a qualquer pessoa que criou novos padrões para o que quer que seja. O excêntrico é aquele que, egocentrismo ou não, se cansa das tendências de comportamento, de moda, do que quer que seja, e explode, soltando um grito diferente que se traduz num choque cultural. Se a tendência pegar á multidão, dependendo da sua magnitude, a sociedade muda.
Os Hippies, mudaram o curso da história, e não afectaram só ideias políticas, alteraram padrões de comportamento, formas de vestir, alteraram a musica e criaram vertentes que ainda hoje são apreciadas. Os excêntricos são, pelo normal funcionamento do ser humano, espezinhados, mas no entanto são o que impede o mundo da monotonia total. Trata-se de um ciclo: O excêntrico cria, o Homem espezinha, o Homem conforma-se, e por fim o Homem copia. Viva as calças á boca de sino? Viva as fruteiras de cores guerridas dos anos 70? Viva as porcelanas? Viva as rendas? Viva! Mas na altura delas...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

...Ateu, Crente e Religioso

Deus existe, para os crentes.
Para os não-crentes o início da mais ínfima partícula que deu origem a outra, que deu origem a outras, que se juntaram e deram origem ao big bang, que deu origem ao que existe, faz parte de uma concepção como o crescimento exponencial matemático, ou seja, podemos dividir e dividir, diminuindo cada vez mais a unidade, milhões e milhões de vezes mas nunca chegaremos a zero. Não há zero.
Para os crentes a história é outra. Deus criou o início, e a partir daqui separamos o conceito de crente e religioso.
A crença do Homem provém da sua imperfeição e fragilidade, isto porque o Homem não acarreta com tudo nem suporta pesados fardos sem por segundos de consciência se desligar da sua inteligência e apelar a favores divinos, não em todos os momentos da sua vida. O crente mistura a sua mente culta, "não-religiosa" e cientifica com a crença de uma "força maior", uma vida em que matéria é matéria, e tudo provém de cálculos matemáticos e de pares acção-reacção, até certo ponto... Quase como o "dedinho divino" que se mete em certas alturas, enquanto que noutras a vida decorre "ateumente". Este crente não se rege por religiões por várias razões; por hipocrisias dos lideres e congregações, por guerras com origem em fanatismos religiosos, e porque todas as religiões seguem textos ditos sagrados escritos por Homens mortais que afirmam ter ligações ás divindades, textos trabalhados e filtrados seguindo regras e costumes de épocas, e que não fazem sentido ser aplicados aos tempos modernos tendo em conta os princípios que a sociedade actual apresenta.
Como disse aqui separamos os crentes pois, para estes Deus criou o inicio, somente, o resto foi resultado de reacções químicas, já para o religioso Deus criou um inicio, meio e fim, diferente em alguns (se não em todos) livros.
O religioso é aquele que teme a Deus e ás suas representações na terra, seguindo meticulosamente os textos sagrados como história de vida (não querendo dizer que cumpram as suas regras mas sim que seguem as suas doutrinas) suprimindo factos com ensinamentos religiosos, assim, se alguém sofreu foi porque ou Deus o quis, ou o karma equilibrou as coisas, os Homens não são descendentes de macacos mas descendentes de Adão, e noutras religiões ainda, as mulheres são "acessórios sociais".
Na religião há um respeito a Deus mas com conotação de "medo", em que quase tentam forçar a mente a pensar coisas que deixem as Divindades felizes e de bom humor, evitando males maiores.
Frente a isto muitos poderão pensar que a religião tem os dias contados, pois eu digo nunca. A religião cria e invoca a fé nas crianças ainda novas, após isso e enquanto estas estudam e vasculham o mundo com perguntas vai gradualmente sendo enfraquecida. Se perde mais respeito e carácter está criado um Ateu, mas se por outro lado é retirada das cinzas, revista e moldada aos dias de hoje, com regras, "fé-aciênsada", e humanismos, em que o sentimento é o guia para o bem, temos aqui criado um ramo ou até uma nova religião que não tem, necessariamente, de alimentar as massas, desde que faça realmente feliz quem a criou; alguns chamam-lhe filosofia, mas não é mais do que um estado de serenidade psicológica.