sexta-feira, 22 de abril de 2011

...O mal

O mal que nunca se apaga. Já nem o próprio Belzebu, Satanás, o anti-Cristo mete medo, já nem amaldiçoa cada dia e cada hora, mas ainda o mal come os restos da alma, memorias dos tempos condenados, tempos passados, eu condenado; o mal que Lúcifer deixou no corpo, a semente de um mal que já fez. Um mal tão apetecível e bom.
Parecem bichos que se multiplicam e multiplicam e começam a comer a carne, as ideias, as vontades, as liberdades, os sabores, as alegrias, e o futuro. E a criatura já não mete medo. Já nem ao diabo lembro, mas as queimaduras do inferno perfeito ainda fumegam. Sofrer é que é bom. Ainda sinto os chicotes de alma que, querida chaga de Satã, eu próprio mas defiro. Venha outro inferno, outro mal ardente ou pior, quero a condenação eterna, quero ver duas almas condenadas.
Sinceramente, desejo mal a todos vós.

1 comentário:

I’m just a full disse...
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