domingo, 2 de junho de 2013

...Respeito, Medo, ou Respeito e Medo?

Já passou algum tempo mas sinto necessidade de comentar com os que não estiveram presentes o trabalho da policia em todo o evento Queima das fitas 2013. Segurança na queima? Vamos lá conversar...

A qualidade da empresa S.P.D.E. , sediada em Matosinhos e usada, neste momento, por muitas grandes empresas, é notável. Não obstante das queixas de agressões que muitos dos seguranças desta empresa têm, continuam a ter bastante procura; o trabalho é feito, a segurança é instaurada e, normalmente, acaba tudo por correr dentro do aceitável. Sendo uma empresa privada os seus "métodos de trabalho" não estão muito sujeitos ao dedo queixoso do publico geral, e se este é tratado com mais ou menos desprezo, e como saco de batatas, embora feio, quem poderá perder é a própria S.P.D.E. que poderá eventualmente perder a sua clientela. Coisa improvável de acontecer. No fundo os "SPDés" fazem o trabalho recorrendo ao respeito por medo, dialogo é coisa que não fazem e a comunicação para a multidão é feita através de empurrõesinhos ligeiros, não é agressão mas não a faz ganhar o prémio de simpatia 2013; no entanto isso também impede borrachões mais lampeiros de se fazerem tourinhos e de andarem ás turras ao pessoal, e como a experiência vale qualidade a qualquer firma, esses gunas de egos elevados passam a olhar para o chão na presença do macho SPDE dominante.

Passemos agora ao trabalho da PSP neste evento. Como órgão publico, a policia de segurança publica, tem de, digamos, satisfazer bastante mais os requisitos do publico, manter a ordem de modo alegre como a Sónia Araújo demonstra nos seus videoclips. Fora de brincadeira, a PSP tem de, mais do que ninguém, impor respeito sem fomentar o medo. No entanto não é isso que sucede, por um lado vemos os velhos indignados a quererem atribuir mais poder á policia de modo a espancar a torto e a direito os anarquistas e bloquistas que se exaltem em manifestações como se fazia antes do 25 de Abril, por outro vemos o telejornal a mostrar imagens de um policia feito cão raivoso a descarregar uma "cassetete-dada" num manifestante, e o publico em casa a revoltar-se. O que eu assisti nesta queima foi um trabalho fraco de uma empresa que tem de manter certos valores. Faltas de respeito e uso excessivo da força de modo controlar a situação. Tenho noção de que isto é uma faca de dois gumes, e embora me desagrade, não consigo determinar o meio termo, manter o respeito sem semear medo, e correr o risco da situação se desmoronar.