domingo, 6 de outubro de 2013

...A Bolinha Vermelha

Dediquei-me á pornografia. Já que a escrita me anda a calhar mal. Fazei o favor de ver, com cuidado que pode ferir a sensibilidade das pessoas, ficam avisados desde já, é que eu sou um perverso de alto gabarito.


(+18)
Out of milk? You're welcome.


terça-feira, 30 de julho de 2013

...A Agricultura

Em agricultura quando uma planta bem tratada não dá fruto chama-se "vício", "-Deu-se ao vício, está regadinha, com bom sol e nada, deu-se ao vício".
Pois, gostando eu da agro-cultura, e tendo meio olho para a coisa, vejo que há muita planta que se dá ao vício, logo a gente tem de lhe cortar ao mimo, perdão, ao comer, no'é verdade? Isto é como em tudo, é muita atenção para só uma planta, depois a moça (ou moço, que isto nos verdes também há sexos, também há machos que não dão um tomate) tem de saber lidar com tanto nutriente, ou dá colheita boa, ou recosta-se para trás e vê as folhas crescer. Dar colheita boa é uma forma de agradecer a boa vontade de quem a trata tão bem, é um dever cívico da natureza, a gente agradece, "num tem de quê". Mais coisa menos coisa, deixo de as regar, e depois deixa a minha avó, depois a chuva não vem, e a planta volta domada pelo rigor dos tempos, mas claro, estamos sempre a falar da Natureza.
Depois claro, haja terreno, que o que há mais na terra é verdes.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

...Os Intervalos Do VH1

Mas expliquem-me a intermitência e extensão dos intervalos do VH1! Parece uma estação dirigida por macacos!
Meia hora cheia de 10 segundos de musicas com a Madonna a cantar "last night I dreamt of san pedro" e com os Scissor Sisters a atirarem-se contra baldes ás cores, com um gajo de rastas numa cave, e outro a gritar "FAAAALLL".
E fico eu com a merda das musicas na cabeça para o resto do dia. Foda-se

domingo, 2 de junho de 2013

...Respeito, Medo, ou Respeito e Medo?

Já passou algum tempo mas sinto necessidade de comentar com os que não estiveram presentes o trabalho da policia em todo o evento Queima das fitas 2013. Segurança na queima? Vamos lá conversar...

A qualidade da empresa S.P.D.E. , sediada em Matosinhos e usada, neste momento, por muitas grandes empresas, é notável. Não obstante das queixas de agressões que muitos dos seguranças desta empresa têm, continuam a ter bastante procura; o trabalho é feito, a segurança é instaurada e, normalmente, acaba tudo por correr dentro do aceitável. Sendo uma empresa privada os seus "métodos de trabalho" não estão muito sujeitos ao dedo queixoso do publico geral, e se este é tratado com mais ou menos desprezo, e como saco de batatas, embora feio, quem poderá perder é a própria S.P.D.E. que poderá eventualmente perder a sua clientela. Coisa improvável de acontecer. No fundo os "SPDés" fazem o trabalho recorrendo ao respeito por medo, dialogo é coisa que não fazem e a comunicação para a multidão é feita através de empurrõesinhos ligeiros, não é agressão mas não a faz ganhar o prémio de simpatia 2013; no entanto isso também impede borrachões mais lampeiros de se fazerem tourinhos e de andarem ás turras ao pessoal, e como a experiência vale qualidade a qualquer firma, esses gunas de egos elevados passam a olhar para o chão na presença do macho SPDE dominante.

Passemos agora ao trabalho da PSP neste evento. Como órgão publico, a policia de segurança publica, tem de, digamos, satisfazer bastante mais os requisitos do publico, manter a ordem de modo alegre como a Sónia Araújo demonstra nos seus videoclips. Fora de brincadeira, a PSP tem de, mais do que ninguém, impor respeito sem fomentar o medo. No entanto não é isso que sucede, por um lado vemos os velhos indignados a quererem atribuir mais poder á policia de modo a espancar a torto e a direito os anarquistas e bloquistas que se exaltem em manifestações como se fazia antes do 25 de Abril, por outro vemos o telejornal a mostrar imagens de um policia feito cão raivoso a descarregar uma "cassetete-dada" num manifestante, e o publico em casa a revoltar-se. O que eu assisti nesta queima foi um trabalho fraco de uma empresa que tem de manter certos valores. Faltas de respeito e uso excessivo da força de modo controlar a situação. Tenho noção de que isto é uma faca de dois gumes, e embora me desagrade, não consigo determinar o meio termo, manter o respeito sem semear medo, e correr o risco da situação se desmoronar.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

...Alma Académica

Não é por praxe que escrevo isto, é por gosto da tradição, do velho, do que é mantido e cuidado pelos anos que passam. Quem me conhece bem sabe que para mim o passado é algo bonito, peças que contam história, ou coisas que viram a vida correr, porque para mim até a parede de um castelo ou de um mosteiro é bela de só de imaginar a vida que esta viu, de Reis a ditadores, passando pelas grandes guerras, e chegando a mim, ao toque da minha mão leve, na sua pele velha e cansada. Uma vez em tom de brincadeira dissemos -eu e um colega meu- que "Devíamos viver cem anos, mas experimentar cada década passada", queríamos passar pelos anos de austeridade da 2º guerra mundial, pela primeira emissão televisiva, pela ditadura, pela revolução dos cravos, pelas bocas de sino, pelas emissões atentas do festival da canção, pela entrada de Portugal na CEE, e ainda ter "tempo" para viver o que nos restava.

Porém não é de factos históricos que sinto a necessidade de falar neste momento. Quero dizer, com convicção, que a minha alma é preta! Preta da cor da minha capa que traço com o maior carinho e orgulho. Orgulho de manter a tradição, a tradição de aspecto velho, e seja velho aqui, algo com idade, maturidade, e sensatez.

Toda a tradição do preto, a capa sobre os ombros, a pasta, a semente, a nabiça, o grelo, as fitas! Tudo isto é algo que dá saudade. E a mim dá-me saudade e ainda não as tive a todas, curioso, mas é verdade, é uma espécie de nostalgia de algo que não passou. Mais do que praxe, dá-me vontade de proteger da tradição como se de uma planta se tratasse, jovem, a qual se estaca e se resguarda das geadas. Cuidar da tradição e não a deixar sujar por "praxes" de miúdos que no crânio não têm mais nada senão.. miúdos. Mas eu não sou anti-praxe, muito pelo contrario, tenho é plena noção de que quem a faz é que a leva a maus portos, que a deixa pelas ruas da amargura.

Tradições são pedaços de história viva que resistem aos tempos e se projectam no futuro. Acções, princípios, costumes, objectos, que se tornam intemporais por pessoas que por gosto, por entretenimento, por realização pessoal, gastam parte do seu tempo a tornarem-se felizes e a tentar contagiar desconhecidos.

A felicidade somos nós que a escolhemos, e nesta vida rotineira de aviário, que nos cria e "engorda" para estarmos prontos para o mercado de trabalho, se não formos nós a buscar entusiasmo e a criar metas por puro capricho, somos comidos pela velocidade da vida, e morremos para o que nascemos- crescer, estudar, trabalhar, proliferar, e morrer.



Aconselho o cd "Hora Torguiana" do grupo de fados do ISEP