sábado, 1 de agosto de 2009

...Erudito

Mudam-se os tempos mudam-se as vontades. E podemos trocar "vontades" por tantas outras palavras! Como os velhos dizem "vamos indo e vamos vendo". Somos apanhados por uma erosão que nos ataca, mas nem sempre quer dizer que seja mau. Essa erosão desgasta os princípios que temos, desgasta o que consideramos principal e secundário, importante vá. É quase como imaginar que aquela velha caquéctica toda bem decorada com ouro, maquilhagem e cabelo de porcelana, quando era nova batia mal com os Rolling Stones, toda de preto e com comportamentos tudo menos normais. Essa erosão que a atacou fa-la agora pensar o quão estranho era imaginar-se com aquele fanatismo e diferentes comportamentos. Há também quem chame a essa erosão o crescer, amadurecer. Mas eu digo que o que aprendemos em puto não tem grande peso no que nos tornamos. Ninguém que está as portas da morte é o que é quando nasceu, ou quando começou a ser educado. Acidentes, choques, sensações e experiencias são o que nos fazem mudar. Esta erosão é o que nos lima as arestas e nos torna numa pedra diferente. Devia-se mudar o significado á palavra erudito. Sim, sou um erudito. Alguém que não gostava e que gosta, alguém que não o fazia e que o faz. Sou um erudito. O tempo faz bem e mal. Mudei objectivos. Limei as arestas do coração, que já não pica. Tanto...

Sem comentários: